Pensando o fascismo no centenário da “Marcha sobre Roma” (1922-2022): Estado da arte e novas perspectivas de pesquisa
100 anos se passaram desde a Marcha sobre Roma (28 de outubro de 1922). No entanto, o fascismo é um fenômeno que mantém, quando não aumenta, seu fascínio sedutor, saindo, em muitas circunstâncias do debate científico-acadêmico para se tornar uma categoria polêmica da luta ideológico-política, basta pensar no debate sobre o suposto caráter fascista de Trump, Bolsonaro e o bolsonarismo
“Modernidade desequilibrada” e “Cesarismo”: categorias gramscianas para pensar as crises orgânicas da democracia a partir de um estudo de caso
Na perspectiva teórica e metodológica gramsciana, o objetivo do estudo é compreender com base nos conceitos de “modernidade desequilibrada”, “empresário político” e “cesarismo”, pensado de forma “pós-totalitária”, as transformações e as profundas contradições, produzidas pelo modelo de desenvolvimento “dualista” Norte-Sul, tendo como foco privilegiado as direitas no governo de Nápoles e do Meridione da Itália na época da reconstrução pós-Segunda Guerra Mundial
“O comunismo acabou, mas o mundo não está melhor”: reflexões para uma nova agenda da esquerda a partir de Rosa Luxemburgo e Antonio Gramsci
O desafio para uma nova agenda de esquerda é retomar o patrimônio teórico-prático do marxismo numa perspectiva compatível com o estado capitalista democrático, mas que não descarta a revolução. Parafraseando as palavras de Lucio Magri: “O PCI morreu, mas a Itália não está melhor”, podemos dizer: “o comunismo acabou, mas o mundo, e a esquerda, não estão melhores”
Pensando o “Bolsonarismo” entre teoria política, histórica e sociológica: uma proposta teórico-metodológica
A pergunta a ser posta é: o “Bolsonarismo” é uma categoria capaz de dar conta da essência mais profunda de fenômenos históricos-políticos e socioeconômicos que estão marcando a história brasileira das últimas décadas, ou trata-se apenas de um kampfbegrief (um “conceito de combate”) na disputa ideológico-política quotidiana?
Trump, fascismo, populismo e a normalização democrática de Biden
O que então precisa fazer Biden na hora de tomar posse? Muitos analistas confiam na ideia schumpeteriana que a democracia tem os anticorpos para derrotar a patologia populista, ou seja o populismo é eficaz na hora de questionar o processo democrático, mas na hora de governar não sempre consegue fazer a mediação entre os interesses em conflito
Hannah Arendt e o debate brasileiro em torno do estalinismo
Em suma, não pode ser considerado o totalitarismo - é a tese aceitável do cientista social e historiador norteamericano Abott Gleason (1995) - apenas uma ferramenta do mundo bipolar, uma vez que sua origem esta ligada aos processos de reestruturação políticas e institucional em curso na Itália e na Alemanha após a Primeira Guerra Mundial