Panóptico Invertido: democratizar o audiovisual pela narrativa das redes
Esta reflexão se baseia também na experiência vivenciada nestes dois últimos anos, pelo próprio proponente desta e pelo professor e roteirista Fidelys Fraga, ministrando cursos juntos sobre narrativas das redes na Escola Sesc Uzina na periferia do Rio de Janeiro, como parte do projeto Sesc de Mostra de Artes das Favelas, e como estas mudanças de paradigmas podem ajudar a visibilizar muitos trabalhos que dialogam com essas evoluções correntes no mundo
Resistência cultural sobre o impeachment de 2016: esquizofrenia e parresia
Como uma nova tabula referencial de reciprocidade do conhecimento social com a autoimagem de público, a partir da democracia reivindicada na tela, poderia fazer surgir outros ângulos de interação e abordagem complementar. Se analisarmos a partir da proposta de pensamento da autora Shoshana Zuboff (2018), sobre o capitalismo da vigilância, podemos depreender que o monitoramento constante leva à um paradoxo inicial: você se oferta para ser monitorado em troca de facilidades e contatos
“O Processo”: Teatro de Sombras no documentário político brasileiro
O filme acaba ficando tão sombrio quanto seu material, e prenunciando uma catarse que geralmente provocou medo e assombro em todos os públicos, inclusive internacionais, uma vez que devemos lembrar que “O Processo” não apenas é um dos documentários de maior bilheteria no circuito comercial brasileiro
A culpa também não seria do homem comum?
Talvez seja necessário retroceder um pouco para entender o que está acontecendo e por que deveríamos botar o arquétipo clássico do homem comum na berlinda... Podemos dizer que é consenso geral o fato de o planeta inteiro estar passando por uma das maiores superações, quiçá a maior que esta geração já viu
2020: pandemia mundial e a estética do confinamento
Vamos tentar corresponder a estas questões através do acervo de imagens que, de forma a antever o futuro, já lidava com a estética do confinamento, num dos maiores construtores de imaginário social que existe: o cinema
Precisamos falar sobre racismo
Nisto tudo, uma coisa é basilar: a branquitude não sabe o que é sofrer racismo. Não sabe o que é entrar num recinto e ser vigiado como se fosse fazer algo de errado só por ser quem é. Não sabe o que é ser perseguido e caçado só por existir. Não sabe, mas pode tentar compreender por empatia a escutar o próximo e ajudar a quebrar esta corrente